- Home
- Diário de viagens
- África>
- América Norte>
- América Sul>
- Europa>
- Áustria>
- Dinamarca>
- Espanha>
- Barcelona
- Benasque
- Castellfollit de la Roca
- Circuito na Andaluzia
- Circuito na Catalunha, Aragão, Navarra e Castilha la Mancha
- Covadonga
- Cuenca
- Estremadura - Cáceres e Plasencia
- Graus
- Guadalupe
- La Coruña
- Mosteiro Budista DAG SHANG KAGYU localizado em Pinilho
- Puebla de Sanabria
- Salamanca
- Santiago de Compostela - Domingo de Ramos
- Toledo
- Vale de Boí e Igrejas Romanas
- França>
- Itália>
- Noruega>
- Suécia>
- Suíça>
- 7 Maravilhas do Mundo
- Montanhas e Rotas
- Km PERCORRIDOS
- Espanha>
- Bardenas Reales de Navarra
- Buendía - Ruta de Las Caras
- Caminho de Santiago
- De Monfalcó ao Congost de Mont-Rebei
- Ermida Sta. Quitéria y S. Bonifacio - MONFALCÓ
- El Chorro - Monte Huma
- Monserrat
- "La Ciudad Encantada"
- Picos de Europa
- P.N. Els Ports
- P.N. Zona Vulcânica da Garrotxa
- Pirenéus - P.N. Cadí-Moixeró
- Pirenéus - P.N. Ordesa e Monte Perdido
- Pirenéus - P.N. Posets-Maladeta
- Serra de Cazorla - Rio Borosa
- Serra de Gredos
- Serra Nevada - Mulhacén
- Torcal de Antequera
- França>
- Itália>
- Noruega>
- Portugal>
- Suíça>
- Tour du Mont Blanc - França/Itália/Suíça
- Travessia Chamonix to Zermatt - França/Suíça
- Fotos
- Vídeos
- UNESCO
- Quem sou / Fala comigo
- I can fly
PICOS DE EUROPA - ASTURIAS - ESPANHA
Os Picos da Europa são uma formação montanhosa na Cordilheira Cantábrica, no norte de Espanha, que embora não muito extensa, é pródiga em acidentes geográficos de grande interesse.
Esta formação calcária estende-se pelas Astúrias, Cantábria e Castela e Leão, destaca-se pelas suas altitudes, em muitos casos acima dos 2500 metros, e pela proximidade do mar Cantábrico, já que no seu ponto mais setentrional distancia-se apenas 15 quilómetros da costa.
Geograficamente, os Picos da Europa encontram-se na linha da Cordilheira Cantábrica sendo no entanto considerados como uma unidade independente desta, já que a sua formação aparenta ser mais recente.
Os Picos da Europa dividem-se em três grandes maciços: O Ocidental ou Cornión, o Central ou dos Urrieles, e o Oriental ou de Ándara.
As maiores altitudes encontram-se no maciço central, que é o mais agreste dos três, quatorze dos seus cumes superam os 2.600 metros de altitude, com Torrecerredo, de 2.648 metros, como tecto destas montanhas.
Não se pode falar deste Maciço sem mencionar o Pico Urriellu, ou Naranjo de Bulnes, indiscutível rei destas montanhas e de todas as restantes da geografia hispânica, por ser também um ex-libris do alpinismo espanhol.
O Maciço Ocidental ou Cornión, é assim designado pela forma de corno que proporciona a sua silhueta quando avistada do Ocidente.
O Maciço Oriental, também referido como "de Ándara" é o mais modesto dos três, quer em altitude quer em verticalidades, sendo o seu tecto, a Morra de Lechugales, com 2.444 metros de altitude.
Esta formação calcária estende-se pelas Astúrias, Cantábria e Castela e Leão, destaca-se pelas suas altitudes, em muitos casos acima dos 2500 metros, e pela proximidade do mar Cantábrico, já que no seu ponto mais setentrional distancia-se apenas 15 quilómetros da costa.
Geograficamente, os Picos da Europa encontram-se na linha da Cordilheira Cantábrica sendo no entanto considerados como uma unidade independente desta, já que a sua formação aparenta ser mais recente.
Os Picos da Europa dividem-se em três grandes maciços: O Ocidental ou Cornión, o Central ou dos Urrieles, e o Oriental ou de Ándara.
As maiores altitudes encontram-se no maciço central, que é o mais agreste dos três, quatorze dos seus cumes superam os 2.600 metros de altitude, com Torrecerredo, de 2.648 metros, como tecto destas montanhas.
Não se pode falar deste Maciço sem mencionar o Pico Urriellu, ou Naranjo de Bulnes, indiscutível rei destas montanhas e de todas as restantes da geografia hispânica, por ser também um ex-libris do alpinismo espanhol.
O Maciço Ocidental ou Cornión, é assim designado pela forma de corno que proporciona a sua silhueta quando avistada do Ocidente.
O Maciço Oriental, também referido como "de Ándara" é o mais modesto dos três, quer em altitude quer em verticalidades, sendo o seu tecto, a Morra de Lechugales, com 2.444 metros de altitude.
Dia 1: Sotres - Pico Urriellu
O trilho sobe de início através de longa pendente verde, sem árvores e com subida acentuada.
No final da subida está o Collado de Pandebano com uma vista espectacular.
No final da subida está o Collado de Pandebano com uma vista espectacular.
Passamos por um conjunto de cabanas chamado "La Terenosa"
No Collado de Pandebano perdem-se um pouco as marcas do trilho, com boa visibilidade não há nenhum problema, vemos sempre em frente os imponentes Picos Albos, mas quando está nevoeiro, o que é muito frequente, e nós tb apanhámos neste dia, a orientação torna-se bem mais difícil, sobretudo no sentido de regresso de Urriello a Pandebano.
No outro lado do Collado de Pandebano, abre-se um amplo vale e uma descida que nos leva à aldeia de Bulnes e posteriormente a Poncebos, mas esta já é outra rota (para fazer numa outra vez)!
A partir destas cabanas segue-se um caminho que nos conduzirá sem dificuldades até ao Refúgio do Naranjo de Bulnes.
No outro lado do Collado de Pandebano, abre-se um amplo vale e uma descida que nos leva à aldeia de Bulnes e posteriormente a Poncebos, mas esta já é outra rota (para fazer numa outra vez)!
A partir destas cabanas segue-se um caminho que nos conduzirá sem dificuldades até ao Refúgio do Naranjo de Bulnes.
Quem transporta os mantimentos para o Refúgio, aproveita e pratica um pouco de Trail:
O nevoeiro estava a ficar cada vez mais cerrado, nesta fase da caminhada não se via nada na direcção para onde nos dirigíamos...
E de repente parecia que o nevoeiro tinha baixado (foto seguinte), mas não, quando chegámos ao Collado Vallejo não conseguíamos ver a imponente parte superior do Pico Urriello ou Naranjo de Bulnes que se começa a avistar desde este local.
Aí está ele, o Naranjo de Bulnes, pela primeira vez conseguíamos vê-lo!
Outras fotos do nosso trekking: restante parte da subida até ao Refúgio Urriello e posterior descida até ao ponto de partida:
Se quisermos fazer uma caminhada mais extensa, podemos subir "la Canal de la Celada".
No Collado de la Celada as vistas são espectaculares!
Para subir la Canal de la Celada, desde o Refúgio de Urriello, regressamos a Pandebano, contornamos o Naranjo e apanhamos um trilho estreito que sobe pelo seu lado esquerdo entre as pedreiras.
No Collado de la Celada as vistas são espectaculares!
Para subir la Canal de la Celada, desde o Refúgio de Urriello, regressamos a Pandebano, contornamos o Naranjo e apanhamos um trilho estreito que sobe pelo seu lado esquerdo entre as pedreiras.
Dia 2: Ruta del Cares
Cain - Poncebos
La ruta del Cares: Um trilho entre Asturias (Poncebos, Arenas de Cabrales) e Leão (Caín).
Percorrer este trilho situado no desfiladeiro, chamado por muitos autores: a Garganta Divina, permite-nos ir de Asturias a Leão, atravessando pelas profundidades dos Picos de Europa, cujas cumeadas nos observam lá do cimo, desde os 2.000m e ainda desfrutar das cristalinas águas do Rio Cares.
Esta caminhada é considerada fácil, o caminho é bem marcado e possui 10km em cada sentido. Para quem faz ida e regresso, conte portanto com 20km, praticamente sem desnível.
Nós estivemos lá numa altura em que o trilho estava cortado sensivelmente a meio devido a uma derrocada (um troço do trilho tinha literalmente desabado em direcção ao Rio), portanto não era possível fazer a "Ruta" completa.
Como queríamos fazer as 2 partes, ou seja o trilho completo, primeiro fizemos o troço que ia de Poncebos até ao ponto da derrocada e respectivo regresso, e posteriormente pegámos no carro e fomos até Cain, para realizar a restante parte, ou seja desde Cain até à zona em obras pela derrocada.
Esta caminhada é considerada fácil, o caminho é bem marcado e possui 10km em cada sentido. Para quem faz ida e regresso, conte portanto com 20km, praticamente sem desnível.
Nós estivemos lá numa altura em que o trilho estava cortado sensivelmente a meio devido a uma derrocada (um troço do trilho tinha literalmente desabado em direcção ao Rio), portanto não era possível fazer a "Ruta" completa.
Como queríamos fazer as 2 partes, ou seja o trilho completo, primeiro fizemos o troço que ia de Poncebos até ao ponto da derrocada e respectivo regresso, e posteriormente pegámos no carro e fomos até Cain, para realizar a restante parte, ou seja desde Cain até à zona em obras pela derrocada.
É difícil seleccionar uma dúzia de fotos da Ruta del Cares para colocar aqui, é um trajecto de uma beleza única, por isso optei por colocar uma galeria e assim colocar bem mais que um dezena de fotografias :)
Para visualizar as fotos, basta fazer click numa delas e inicia-se o slideshow:
Para visualizar as fotos, basta fazer click numa delas e inicia-se o slideshow:
Ruta del Cares (parte 2): Cain - Poncebos
As fotos seguintes são da segunda parte do percurso da Ruta del Cares.
Agora partindo de Cain até ao local da derrocada e respectivo regresso:
Agora partindo de Cain até ao local da derrocada e respectivo regresso:
Coloco mais fotos do resto da caminhada numa galeria:
(para visualizar basta fazer click em cima de uma das fotos)
(para visualizar basta fazer click em cima de uma das fotos)
No final da "senda del Cares" ficámos um pouco junto ao rio:
Dia 3: Lago Ercina - Refúgio Marqués de Villaviciosa
Neste dia durante a manhã visitámos os Lagos de Covadonga: Lago Enol e Lago de la Ercina e à tarde deixámos o carro no parque junto ao lago Ercina e fizemos a caminhada até ao Refúgio Marqués de Villaviciosa (também conhecido por Ref. Vega de Ario) onde pernoitámos.
Esta caminhada foi feita em todo o seu trajecto com um nevoeiro cerrado, que não deixava ver mais do que 2 metros à nossa frente, tirar fotos foi IMPOSSÍVEL, caminhámos devagar pois mal dava para ver onde se punham os pés, o ruído dos chocalhos foi a nossa companhia nesta subida.
As fotografias que coloco a seguir são do dia seguinte quando fizemos o mesmo percurso no regresso ao carro.
Esta caminhada foi feita em todo o seu trajecto com um nevoeiro cerrado, que não deixava ver mais do que 2 metros à nossa frente, tirar fotos foi IMPOSSÍVEL, caminhámos devagar pois mal dava para ver onde se punham os pés, o ruído dos chocalhos foi a nossa companhia nesta subida.
As fotografias que coloco a seguir são do dia seguinte quando fizemos o mesmo percurso no regresso ao carro.
Dia 4: Cordiñanes - Refúg. Collado Jermoso
O percurso até ao refúgio do Collado Jermoso ou Refúgio Diego Mella é uma das rotas mais bonitas que se podem fazer nos Picos da Europa. Ela oferece-nos todo o tipo de paisagens que podemos encontrar em montanha, desde mágicos bosques de faias, até Collados aéreos com mais de 2.000m, passando por vertiginosos trilhos escavados na rocha, cascalheiras inclinadas, verdes planaltos onde se pratica o pastoreio, paredes verticais, etc etc. Tudo isto em 1.200m de desnível e umas 5 horas de caminho, que podem ser mais ou menos consoante o nosso ritmo e o numero de paragens que efectuarmos para desfrutar da paisagem e tirar fotografias.
O refúgio está situado a 2.064m de altitude perto do Collado Jermoso, a sua localização é um dos lugares mais selvagens e inacessíveis do maciço central dos Picos de Europa, está rodeado de alguns dos cumes mais altos da zona que chegam a superar os 2.600m, como a Torre del Llambrión (2.642m) e a Torre de la Palanca (2.609m).
Todas a vias de acesso a este refúgio são muito duras, mas não difíceis tecnicamente, com um pouco de forma física, e descanso as vezes necessárias chegamos lá sem problema.
A subida é logo acentuada desde o início:
Chegámos ao bosque de faias:
A próxima imagem ilustra bem o trajecto que nos espera pela frente depois de passar o bosque de faias (nº4), o refúgio está situado onde marca o nº9:
Na foto seguinte eu estou um pouco antes de chegar ao ponto nº5, antes da subida:
E continuámos a nossa caminhada, mas o tempo começava a preocupar-nos, o nevoeiro estava a fechar e a chuva parecia que iria aparecer.
Depois de 2 horas desde Cordiñanes, chegámos a Vega de Asotín (nº5), um lugar excelente para fazer uma pausa, comer qualquer coisa e desfrutar as vistas do maciço Ocidental (Torre Bermeja, Peña Santa, etc).
Este ponto fica mais ou menos a meio to percurso total.
E continuámos:
la Canal Honda (nº6), situada a Norte, mostra-se altiva, mas afinal não foi assim tão dura...
E infelizmente a chuva apareceu, e a esta altitude começou a ficar muito vento.
Como dá para ver pelas fotos, eu parti para esta jornada muito mal equipada para a chuva e o frio, calções e apenas uma 1ªcamada, neste momento comecei a achar que com este frio seria muito difícil eu chegar até ao refúgio.
Como dá para ver pelas fotos, eu parti para esta jornada muito mal equipada para a chuva e o frio, calções e apenas uma 1ªcamada, neste momento comecei a achar que com este frio seria muito difícil eu chegar até ao refúgio.
Lá em baixo observamos Vega de Asotín, onde fizemos a pausa, já tínhamos subido bastante, no centro da imagem podem ver-se 2 montanheiros vestidos de vermelho que vinham atrás de nós.
E os troços de neve começaram a surgir, e eu de ténis, mas ainda assim foi possível continuar a avançar!
Este foi o momento em que decidimos não continuar a avançar mais.
Tínhamos entretanto passado por uma zona de difícil orientação.
O nevoeiro estava já muito cerrado, cruzámos-nos com indivíduos que vinham do refúgio, equipados com botas e crampons, era evidente que de ténis iríamos ter muitas dificuldades, por isso optámos por regressar!
Ficámos sensivelmente no ponto nº8 (Argayo Congosto) e cheios de pena por não chegar ao refúgio, mas a segurança está em primeiro lugar.
Queremos lá voltar para nova tentativa. :)
Quero aqui deixar registado os planos para a próxima ida aos Picos de Europa:
- Voltar a fazer esta rota que acabei de relatar.
- Fazer novas rotas:
1ª Aproximação: Vega de Urriellu – Corona el Raso – Horcada Arenera – Jou de Cerredo
2ª Aproximación: Jou de los Cabrones – Jou de Cerredo
3ª Aproximación: Horcada de Caín (desde Fuente Dé por Cdo de Horcados Rojos o desde Caín por la canal de Dobresengros) – Horcada de Don Carlos – Jou de Cerredo.
- Fazer algumas Ferratas
A minha ideia é traçar uma rota circular entre os 4 refúgios do Maciço Central, partindo de Cordiñanes, para o Refúgio do Collado Jermoso, ligar com os restantes 3 refúgios, e descer em direcção ao desfiladeiro do Cares, e regressar pela Ruta del Cares até Cain, e depois mais 5Km até Cordiñanes, o ponto de partida. (a foto seguinte ajudará a traçar o plano)
- Voltar a fazer esta rota que acabei de relatar.
- Cordiñanes - Refúgio Collado Jermoso
- Fazer novas rotas:
- Poncebos - Bulnes - Canal de Amuesa - Jou de los Cabrones - Torrecerredo (fazer cume: 2.648m); este é o ponto mais alto dos Picos de Europa; talvez partir em 2 dias, dormir no Refúgio de Cabrones e no dia seguinte fazer cume.
1ª Aproximação: Vega de Urriellu – Corona el Raso – Horcada Arenera – Jou de Cerredo
2ª Aproximación: Jou de los Cabrones – Jou de Cerredo
3ª Aproximación: Horcada de Caín (desde Fuente Dé por Cdo de Horcados Rojos o desde Caín por la canal de Dobresengros) – Horcada de Don Carlos – Jou de Cerredo.
- Fazer algumas Ferratas
A minha ideia é traçar uma rota circular entre os 4 refúgios do Maciço Central, partindo de Cordiñanes, para o Refúgio do Collado Jermoso, ligar com os restantes 3 refúgios, e descer em direcção ao desfiladeiro do Cares, e regressar pela Ruta del Cares até Cain, e depois mais 5Km até Cordiñanes, o ponto de partida. (a foto seguinte ajudará a traçar o plano)
por Maria da Conceição Grilo
textos e fotos (all rights reserved)